Nota: Antes que digam "Como pode uma vampira gostar de mar e sol?" A tecnologia cosmetica sempre me permitiu participar do dia.
Sempre gostei do mar, uma atração inexplicável, um amor, uma necessidade que ia muito além daquela coisa comum a quase todos de se acalmar ao contemplá-lo. Quando criança imaginava que na verdade eu era uma sereia órfã adotada por humanos e rezava para minha cauda de peixe e minha capacidade de respirar debaixo d’água voltarem.Mergulhava com os pés juntos (que cansava em dobro), para não esquecer o jeito que as sereias nadam, mas na verdade nunca tive muito fôlego e nunca fui boa nadadora.
Tinha um lugar que pra mim sempre foi mágico: Mutá, lugar de enseada, aguas calmas. Na minha infância não tinha nem luz nem água encanada, perfeito para criança que não vivia lá, que podia ir a praia durante o dia, carregar uns baldinhos de água como brincadeira e ganhar na noite histórias contadas pelos mais velhos a luz de candeeiro. Mas isso era só nas férias.
Crescendo e sempre mudando de casa quase como uma cigana, fui morar no subúrbio ferroviário que é todinho de praia e nesse tempo não era tão poluído, assim da janela do meu quarto via o mar, ele me chamava de dia brilhando num azul cheio de prata ou a noite coberto de estrelas e luzes dos pequenos barcos, era uma ladeira enorme até a praia, mas eu não resistia, sempre que dava tava lá, sempre feliz na água, sempre morena tostada ao óleo jonsons porque nem se pensava em filtro solar e sim em se tostar.
Quando voltava da escola podia voltar de ônibus ou pegar uma rota absurda: Lancha+trem+ 30 min. de paletada e eu preferia quase sempre a segunda opção só pra estar perto do que eu queria que fosse o meu habitat natural. Às vezes quando voltava da aula de educação física simulava um acidente escorregando na ponte e caía de roupa e tudo junto com a molecada.
Mas o tempo passou e chegou à época do primeiro amor, o primeiro beijo. Estava no meu paraíso (Mutá) e conheci um rapaz que era quieto observador muito lindo e outro também lindo e o oposto do outro.Não sei porque mas me engracei pelo que é justo o meu oposto, o quietinho e então a beira da praia era o cenário.
Passeios de mãos dadas,olhos nos olhos, o primeiro beijo,o primeiro abraço cheio de desejo e tudo isso aconteceu na beira do mar.
Tempos depois o amor que me acompanha até hoje o primeiro beijo também foi sob as estrelas em Itapuã no último minuto de um ano que já vai longe, ouvindo o barulho das ondas...
Queria ter tido meus filhos na agua salgada, essa ligação em mim que não sei explicar,preciso ver o mar, preciso sentir a água envolver meu corpo, sentir como se o nosso amor azul esverdeado fosse recíproco, mesmo sabendo que o seu amor é traiçoeiro, parece que nasci no mar, e no mar já quase morri... Odoyá minha mãe.
É tão bom quando nós nos sentimos filhos do MAR, imensidão que nos acolheu desde que nascemos. Tenho a impressão que você falou de mim, pois a estória é a mesma, inclusive com Mutá no meio dela. Hoje meus percursos é entre Ssa. e Salinas da Margarida, desde que nasci em plena beira do mar na Boa Viagem na qual da janela via a extensão da praia desde o Monte Serra até o cais do porto.
ResponderExcluirMuito legam seu texto com confissão a dois.
Abrigado!
Abraço
PARA TUDOOOOOOO! Lú, você escondendo o jogo pra mim?Também é da terrinha? e Boa viagem também? Coincidência demais!!!!!Então sabe bem tudo isso que falei deve ter passado por coisas bem parecidas de primeiro amor, veranear em um lugar tão especial.Poxa que legal!
ResponderExcluirEmerson vc como sempre consegue fazer de seus comentários um sorriso meu.
E então Katia como estamos de sereiisse?
Beijo meus lindos
Olá,
ResponderExcluirSeu texto é uma verdadeira declaração de amor ao mar. Tem que ficar perto dele sempre. Também gosto do mar, moro numa ilha, mas prefiro contemplar o mar, adoro ver aquela coisa sem fim das ondas que vem sem parar.
bjs
O amr tbm tem esse poder de atração sobre mim, tanto que ja fiz alguns poemas com essa tematica.
ResponderExcluirhttp://terza-rima.blogspot.com/
muito bom o texto!
ResponderExcluir1) Êeeee pernas!
ResponderExcluir2) Esperando a amiga contar a história da vez que ficou sem um tostão, com bombas e revolução.
Bjs
Que maravilha Leila, viver perto do mar assim é o meu sonho.
ResponderExcluirFernandez vou voltar la no Terza pra conferir, pq sobre outros temas os poemas são maravilhosos.
Que bom que gostou Rodrigo
Então pode degustar a vontade rsrsrsr
Gustavão aqui rsrsr, estou mesmo te devendo essa história quando contar aqui te aviso
Beijão pra todos e todas
que bom este texto!
ResponderExcluiro mar move-se como as memórias, ora vêm, ora vão.
oi moça. boa tarde! tudo blz? estive aqui. muito interessante. apareça por lá. abraços.
ResponderExcluirTexto lindo!!!
ResponderExcluirDeixei umalembrança no meu blog procê.
Beijos
Eu adoro o mar noturno, de dia não só de praia, hehe! Mas devo admitir que teu texto está muito bonito. bjos
ResponderExcluirLuis como vai a unha? Como diria o poeta"como uma onda no mar"
ResponderExcluirMenina Misteriosa que bom que gostou das fotos,quanto a energia o mar é ótimo pra lavar a alma rsrsr.
Rolando seja bem vindo,volte sempre e vou retribuir a visita sim
Obrigada Marilia, vc sempre carinhosa.
Apesar de vampira A.Rirfer adoro o mar a qualquer hora, a noite os encantos são bem diferentes, se bem acompanhada melhor ainda né?
Inté Senhor Gótico rsrsrrs.
Mar!
ResponderExcluirOnde posso beber sol e liberdade
Longe de angústias e de medos
Sentar-me no colo dos rochedos
Perder-me no azul que me invade
E contar ao mar os meus segredos...
Beijos e mordidas Dea...
O mar é assim mesmo, inspira
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