A história que descrevo pode já ter acontecido com inúmeros tipos de princesas, inclusive as que não são descritas nos livros, não tem olhos azuis e cabelos loiros e tampouco vivem em castelos..
Ela até que era uma menininha bonitinha para os padrões das princesas dos livros. Se vestia de cor de rosa, tinha olhos azuis, nas primaveras bolos e balões, amiguinhas parecidas com elas. Um pai, uma mãe, uma família que parecia perfeita, bem grande dentro de um lindo castelo, com todos os entes que se podia imaginar e viviam juntos os de longe se visitavam e dormiam nas casas uns dos outros e dela esperavam sempre toda a perfeição. Ela não acreditava naquele calor falso que circulava a sua vida. Não aguentava as mãos que de vez em quando lhe bolinavam na calada da noite. Tinha tanto medo e nojo que nunca abriu os olhos, nunca soltou um único som, prendia a respiração e pedia para o tempo passar, o tempo passou, ela cresceu com uma fascinação e um ódio mortal. Aquele calor que ela sentia nas horas que ela queria esquecer, ela transformou aos poucos numa fixação que acabou um dia com uma linda tocha humana que fez ela sorrir, ao ver aquela carne espumando, enquanto dançava ao som da dor, ainda sorrindo ela disse a ele: Te devolvo todo o calor que você me deu.
Ela até que era uma menininha bonitinha para os padrões das princesas dos livros. Se vestia de cor de rosa, tinha olhos azuis, nas primaveras bolos e balões, amiguinhas parecidas com elas. Um pai, uma mãe, uma família que parecia perfeita, bem grande dentro de um lindo castelo, com todos os entes que se podia imaginar e viviam juntos os de longe se visitavam e dormiam nas casas uns dos outros e dela esperavam sempre toda a perfeição. Ela não acreditava naquele calor falso que circulava a sua vida. Não aguentava as mãos que de vez em quando lhe bolinavam na calada da noite. Tinha tanto medo e nojo que nunca abriu os olhos, nunca soltou um único som, prendia a respiração e pedia para o tempo passar, o tempo passou, ela cresceu com uma fascinação e um ódio mortal. Aquele calor que ela sentia nas horas que ela queria esquecer, ela transformou aos poucos numa fixação que acabou um dia com uma linda tocha humana que fez ela sorrir, ao ver aquela carne espumando, enquanto dançava ao som da dor, ainda sorrindo ela disse a ele: Te devolvo todo o calor que você me deu.
Vampira
triste, intenso, trágico e até bonito... nao diria justiça poetica, talvez uma ironia poetica...
ResponderExcluirJOPZ
Olá Vampira, de tudo que já li esse é uma estória que vale apena compartilhar, pois ainda existem muitas dessas princesinhas que sofrem com esse fogo (ódio) por parte de inconsequentes brutais que atingem a inocência na calada da noite e no agito do dia.
ResponderExcluirMuito contundente e real.
Abraço.
Bem real, poético, uma voz que grita, que muitos tentam abafar, tornado-o apenas um eco, isso é a realidade das "princesas" da vida real, que sofrem anos uma dor secular de virtude traída, onde as mesmas sofrem por causa de seres escrotos, ávidos por coito.. E assim sem voz muitas passam pela dor e pelo fogo...
ResponderExcluirJOPZ, Lú e Vane não tenho muito a acrescentar ao que vcs escreveram, só que esse tipo de coisa ´e comum demais, infelizmente.
ResponderExcluirVane seja bem vinda.
Acho bom mudar o foco, mostrar as novas possibilidades, novas verdades e interpretações!Achei bem irmãos Grimm esse seu conto,sem diluir,sem infantilizar...Uma verdade que quase parece fantasia!
ResponderExcluirInfelizmente realidades que temos que falar, não dá para ficar fingindo que não existe. Muito bom da maneira que vc colocou. Bjssss
ResponderExcluirE nem toda fantasia é bonita né?
ResponderExcluirBjs Anderson e Patricia feliz com as visitas.
Oi Vampira!
ResponderExcluirUia, que história do mal (e, infelizmente, que acontece ainda) e muito intensa.
Gostei da narrativa, ficou bem legal.
Bjuss