O telefone tocou no meio da tarde e ela despreocupadamente atendeu. Uma voz a qual não escutava há muito tempo soou macia lhe provocando um sorriso. Era o amigo de sua irmã e ela não o via fazia uns dez anos, pois morava em outro país. Conversaram trivialidades e de repente ele deixa escapar que sempre sentiu atração por ela, conta detalhes dela que nem ela prestava atenção, contou sobre o dia que lhe fez uma canção, que tinha medo de contar o que sentia e ela nunca mais querer vê-lo.
De coração disparado ela se deixa levar e termina por confessar que sempre sentiu o mesmo. Eles querem se ver, mas ela foge temendo ceder ao que deseja, pois ainda estava comprometida e apesar dos problemas não queria fazer nada de errado.
No outro dia ainda no trabalho ela recebe outra ligação ele dizendo que está esperando na praça em frente, ela promete a ele um oi, um abraço e um papinho e mais nada, ele aceitou . Ansiosa chega e senta no banco da praça, ele vem chegando, sorriso nos lábios não é mais aquele menino-homem do passado, estava diferente, mais sério, vivido, experiente se via tudo no olhar transparente.
Ela não era mais aquela menina-mulher, apesar da vida toda tratada como santa, como bibelô que poderia quebrar, nunca tinha sido apresentada ao prazer,no entanto não vivia mas na sua redoma de vidro, a vida tinha feito ela amadurecer.
Conversaram temendo o toque, temendo o olhar, temendo a denuncia do desejo contido por tantos anos, pele arrepiava só de olhar, a boca secava, palavras saiam desconexas misturadas a frases diretas de eu preciso te sentir, quero te beijar, te quero agora.
Depois de um tempo ela viu que o melhor seria se despedir, pois já não dava pra controlar e no caminho do ponto de ônibus a conversa desviou para coisas mais gerais da vida, ela ficou mais solta e sorrindo caminharam distraidamente e quando ela se deu conta já estavam na porta de um motel. Ele a puxou num canto e ela recebeu o abraço e um beijo que anunciava tudo o que estava por vir. No quarto se beijaram, tinham urgência ele a empurrou contra a parede, beijando, mordendo, ela gemia a cada toque a cada aperto, a cada beijo, a cada mordida. Se entregaram sem medos, sem pudores.
Se jogaram na cama e os toques, ou gostos sentidos, ficava a um triz de ser um gozo, sentiam o cheiro, o calor com o desejo de guardar cada detalhe para sempre, mordiam quase que querendo um pedacinho um do outro, beijavam com sede, chupavam-se com gula. Se deram prazer, foram ao máximo várias vezes, houve tempo pra ela sorrir de alegria, gemer de prazer, chorar de emoção, tremer de medo, gritar no misto de prazer e dor quando ele a possuía impetuosamente agarrado a seus cabelos. Se amaram. Eles eram naquele momento um do outro, se entregaram de corpo e alma num momento que talvez nunca venha a se repetir. No final a ternura dos olhares, a sensação de liberdade, um beijo de despedida e a promessa de nunca esquecerem aquele dia. Ela tranquilizou ele dizendo que conseguiriam falar-se normalmente, ela externamente não mudaria. Mas bem dentro daquele homem e daquela mulher ainda viveriam os mesmos que se desejavam há tanto tempo em silêncio.
Amor antigo, paixão, ou apenas desejo, o importante é que a partir daquele momento, os seus corpos e as suas almas ficaram saciados.
ResponderExcluirAssina:
Katy
Isso é o que dá ficar assistindo muitos filmes românticos
ExcluirDesejo antigo é como um bom vinho, o tempo só o torna ainda mais vibrante...
ResponderExcluirÓtima semana para você, Dea!
Pois é Will fico só imaginando o que deve ser
ResponderExcluirSei bem como é isso de desejos que vem do passado e quando menos esperamos estão no presente. E tudo muda, até os desejos... Bjssss
ResponderExcluirserá menina/
ExcluirAdorei. Gostaria de viver uma história assim, mas nós mulheres somos muito mais sonhadoras. Acho que nenhum homem seria tão intenso... A.L.
ResponderExcluirpq n/
ExcluirBelo...Intenso... Sensual... Excitante...
ResponderExcluirCada palavra é uma ardente caricia escorrendo suavemente sobre a pele...
Beijos,
AL
Clássico do romantismo
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