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ENTREVISTA AMADEU ALVES



Amadeu Alves Ribeiro Filho, nascido e criado perto do mar de Itapuã e da Lagoa do Abaeté, músico de mão cheia, que faz da sua arte, seu labor, sua vida, levando sempre poesia por onde quer que passe, a frente da Casa da Música como diretor compartilha aqui um pouco da sua vida e da luta pelo resgate e valorização da cultura local do bairro de Itapuã, seus trabalhos premiados para o teatro, e o grupo As Ganhadeiras de Itapuã 

 Dea- Como e quando você despertou para vocação musical ?

Amadeu- Ainda na barriga da minha mãe, eu já tocava cordão umbilical, depois vivenciando toda a musicalidade que frequentava a minha casa, onde meus irmãos tocavam violão e me ensinaram, onde os amigos de meus irmãos traziam junto com a amizade, os instrumentos do grupo regional que animava as festas que minha mãe acolhia e participava com muita alegria. Nos discos que meu pai comprava e que fizeram parte da minha infância. Nas festas populares do meu querido Itapuã. Acredito, que no meu primeiro mês de vida, que foi o mês de junho, devem ter acontecido muitas coisas que me despertaram musicalidade.

Dea-  O bairro de Itapuã exerceu influencia nessa sua escolha ?

Amadeu- O bairro de Itapuã é essencial nesse despertar, inclusive a nível ancestral, pois sinto minhas as tantas histórias ainda não contadas das tribos e aldeias que aqui existiram, que hoje estão guardadas em cada grão das areias brancas do Abaeté, por exemplo.

Dea-   Como vê o cenário musical da Bahia na atualidade?

Amadeu- É uma fonte abundante de possibilidades, que nem a pasteurização imposta pela indústria cultural que assola e tenta solapar a criatividade de nosso povo, vai estancar. Muito está sendo semeado, e já brota uma nova cena bem mais rica do que vimos nos últimos 25 anos.

Dea- Você fez a direção musical de alguns espetáculos premiados, um deles tive a honra de participar como atriz, fale um pouco sobre essas experiências.

Amadeu- Olha, dos espetáculos premiados que fiz direção musical, Um dia um sol (Deolindo Checcucci) arrebatou alguns prêmios pelo Brasil, em Florianópolis, em Guaramiranga no Ceará, João Pessoa. Ai veio Yába, Nasce Uma Nação (Hirton Fernandes / Grupo Tupã), revelação do teatro baiano (Prêmio Braskem), e no festival de teatro de São Mateus (Espírito Santo), além do grande prêmio que foi ter excursionado pela Dinamarca. Teve também O Vôo da Asa Branca, premiado e reverenciado pela crítica brasileira. E cada direção musical que fiz, entre as mais de 15 peças de teatro, espetáculos de circo, de dança, é sempre uma experiência vitoriosa quando você vê o resultado nos palcos e picadeiros, sentindo a reação da plateia. E nesse contexto, não posso deixar de falar da grande experiência do meu primeiro trabalho para teatro, que até hoje encanta o público onde apresentamos, chegando em 2015 aos 20 anos de carreira com quase mil apresentações, que é o FERNANDO PESSOA, com o grande ator Marcos Machado.

Dea-  Vc foi premiado com o troféu Caymmi, isso mudou alguma coisa no seu trabalho ?

Amadeu- Sem dúvida, de alguma forma o trabalho passou a ter mais respaldo. Não é qualquer trabalho que é premiado pelo Caymmi, numa categoria especial, concorrendo com nomes de peso do cenário cultural baiano. O respeito pelo artista passa também por esses reconhecimentos que chegam ao longo da trajetória.

Dea-  Atualmente vc dirige a Casa da Música em Itapuã, como entra na sua vida e o que ela representa ?

Amadeu- Tem coisas que acontecem pela força da história, e nesse caso a história do meu trabalho com a coletividade, com todo o esforço e dedicação a uma causa, as pessoas enxergaram e no momento em que se apresentou a necessidade da ocupação dos espaços culturais da Secult-Bahia por pessoas com perfil de empreender a dinamização dos locais com propriedade, naturalmente a peça encaixou e a engrenagem gerou todo esse trabalho que estamos desenvolvendo na Casa da Música. Ela hoje representa e é um polo emissor e receptor da cultura de Itapuã. É um órgão vital que bombeia um fluxo de seiva que alimenta algumas iniciativas artísticas do bairro. É um pequeno grande espaço da cultura baiana.

Dea-  Você vem realizando um trabalho de resgate cultural com as Ganhadeiras de Itapuã fale um pouco sobre esse trabalho.

Esse é um trabalho, fruto de muita dedicação, da busca de dar seguimento à tarefa de MANTER A TRADIÇÃO, e ao mesmo tempo seguir em frente. Estamos num momento especial, onde o grupo comemora seus dez anos de existência com o lançamento do seu primeiro CD. Pense em um grupo com 40 integrantes, com idades entre 10 e 83 anos. Com uns abnegados zeladores, onde além da minha pessoa, pode-se encontrar Jenner Salgado, Salviano Filho, Edvaldo Borges, trabalhando pela manutenção e sustentabilidade do grupo. E ai, muitas outras parcerias vem se juntando ao trabalho, que é uma referência da cultura baiana e brasileira.

Dea- Sua característica é a de sempre estar em movimento, em parcerias, quais os novos projetos ?

Cuidar do que já foi plantado e plantar novas sementes, começando pelo trabalho interior de renovação e fortalecimento.
Quero poder cada vez mais me aproximar das coisas simples que me trazem benefícios, e na medida do possível mostrar algo para as pessoas que possa se tornar comum.

Dentro do trabalho musical que desenvolvo, onde a música instrumental é uma das vertentes mais fortes, venho trabalhando com a REDE SONORA, em parceira com Fabrício Rios, Jonga Lima, e outros tantos contemporâneos que podem ir a construir um trabalho cooperativo.

ENTREVISTA FULGÊNCIO MARTINEZ LAX


Fonte; google

O nosso primeiro entrevistado é o espanhol Fulgêncio Martinez Laz; Dramaturgo, Doutor em Filologia Hispânica pela Universidade de Múrcia, Com livros publicados, roteiros para filmes e textos encenados inclusive fora da Espanha,  também é o diretor do Festival OTRO de Teatro sediado na cidade de Múrcia, abrindo o circulo de entrevistas com chave de ouro.

Obs; optei por deixar a entrevista na língua original, podem recorrer ao tradutor do blog. Selecione espanhol e depois de traduzido selecione português. 


D.N.M. Quando e porque começou a escrever dramaturgia?
Fulgencio Esta pregunta no tiene una respuesta clara porque no recuerdo cuándo y no sabría explicar muy bien por qué escribo teatro. Al respecto sí que puedo decir que hay una inflexión muy significativa en mi dramaturgia que divide mi trayectoria en dos: Hasta que a comienzos de los 90 escribo Oliverio, un héroe cruzando el parque, por un lado y todas las obras que escribí anteriormente, por otro. Todo el trabajo de esa primera etapa fue a parar a un cajón y luego a una hoguera en la que me liberé de la nostalgia del pasado. Tampoco sabría decir qué es lo que motivó el cambio de estilo, de temas y de actitud. Yo siempre he sido muy sensible a los cambios socio políticos de mi entorno y así se ve reflejado en mi obra. Europa, en ese momento, estaba cambiando, España estaba experimentando un cambio profundo en sus estructuras socio económicas y la terrible guerra de la ex Yugoslavia comenzaba a gestarse. Como resultado de esta guerra nace la obra El puesto, un alegato a la paz y al rechazo bélico en general, y entre civiles y vecinos en particular.
Supongo que empecé a escribir en la primera etapa de mi adolescencia, y como casi todos los adolescentes, me inicié en la poesía, en el relato íntimo y existencialista. Poco a poco me fue atrapando el teatro y tengo un recuerdo muy preciso de la influencia que en mí ejerció ver el espectáculo La clase muerta, de T. Kantor. Una influencia que ha asomado muy posteriormente en las obras que escribí para El ciclo de la muerte: La canción de los hombres muertos; El campo de los silencios; La flor de los pétalos marchitos y Los que no van a ninguna parte. Entre todo esto reconozco la influencia que sobre mi dramaturgia ejerce Samuel Beckett.

D.N.M. De onde vem a sua inspiração? 
Fulgêncio Otra pregunta difícil de contestar. Casi imposible, aunque tengo que confesar que sin dolor no puedo escribir. Escribo desde la crisis de mi conciencia y de mis ideas, desde la tensión que me produce el dolor que me rodea, casi siempre social, aunque no escribo teatro estrictamente calificado como social, estaría más en el terreno del existencialismo analítico. Escribo desde la incertidumbre, desde el miedo, desde la perplejidad del hombre como depredador de su propia especie, incluso de sí mismo. Así, te podría decir que me inspira la introspección y el silencio, la angustia de los sonidos que al final pueden llegar a convertirse en gritos desesperados. Me inspira escuchar un violonchelo, pero también los extraordinarios aromas que recorren mi ciudad en primavera. Y como extraordinarios que son me remiten a paraísos artificiales, como diría Baudelaire. La cuestión está en que mis personajes saben que son artificiales, que son espejismos pero no pueden sustraerse a un destino que ellos no han elegido. Aún así, sucumben y se ven derrotados porque al final, el tiempo siempre los engaña.

D.N.M O que mais te atrai no universo do teatro?
Fulgêncio Me dijiste que eran preguntas sencillas y me encuentro ante una gran dificultad a la hora de poder contestar. No lo sé. No sé qué es lo que me atrae del mundo del teatro, lo que sí sé es que estoy felizmente atrapado en el mundo del teatro. Me atrae la magia, la forma en que nos permite recrear el mundo sobre la escena. Me atrae la enorme diferencia que hay entre un novelista y un “teatrero”. Aquel es un contador de historias, pero nosotros contamos cómo suceden esas historias. Cómo se construye el mundo, cómo es el devenir de la vida de nuestra comunidad. Y todo eso se lo mostramos a nuestros vecinos, a los que les permitimos mirar, por el ojo de un cerradura, cómo se gesta el universo de convivencia y lucha. Me fascina ver cómo un director reinterpreta mis textos y convierte la palabra escrita en palabra vivida. Yo soy un autor muy colaborador con las representaciones de mis obras y suelo participar (cuando puedo) en sus montajes. Es como si pudiera experimentar un segundo viaje en el proceso de creación del texto para la escena.

D.N.M. A obra literária ao longo dos anos vem deixando de ser o fundamento principal do teatro passando a ser material significante subentendido e na maioria das vezes manipulado. Como dramaturgo o que pensa sobre ? 
Fulgêncio Para responder a esta pregunta tengo que partir de la siguiente afirmación: El artista es deudor del tiempo que le ha tocado vivir. Pertenece a la Historia y a la Cultura en la que vive. Y es este marco el que, de una forma u otra, condiciona y modifica su trabajo de creación. Así pues, cuando nos interesa trabajar con una obra que no pertenece a nuestro tiempo y a nuestra Historia, incluso a nuestra Cultura, como por ejemplo cuando queremos montar a un Shakespeare, a un Calderón o a un Arthur Miller; en estos casos es necesario, incluso conveniente, intervenir el texto y entrar en el ámbito de la adaptación y la versión para no caer en la arqueología teatral y convertir nuestro espectáculo en un museo dramatúrgico. Pero luego están esos directores que tienen una historia en la cabeza, sea la que sea, y buscan el texto que ellos creen más conveniente para encajarla, algunas veces realizando verdaderas piruetas de lectura e interpretación, y se corre el riesgo de traicionar el espíritu de la obra original. El resultado casi siempre es artificial e insuficiente, salvando las excepciones, que las hay. Por eso creo que es muy importante el proceso de documentación y estudio, el de aplicación dramatúrgica, el de reflexión y búsqueda de líneas de desarrollo y de aplicación para traer a nuestro tiempo las obras que despierten nuestro interés y, sobre todo, nuestra necesidad expresiva. A veces el afán por la búsqueda de un título de referencia que garantice un cartel y facilite la distribución intoxica un poco el proceso creativo. Por eso vuelvo a reiterar lo importante que es la necesidad expresiva. Y hablo de necesidad porque yo soy un artista en el que la necesidad de escribir y de estar inmerso en procesos de creación es vital
D.N.M  Que trabalho mais te satisfez como criador? 
Fulgêncio Para mí, como autor de teatro, me produce enorme satisfacción cuando veo sobre el escenario a mis personajes, a mis espacios, a ese mundo que se ha ido gestando desde mi imaginación primero, luego en la pantalla del ordenador y luego, a través del papel y un director con su equipo, en algo vivo sobre el escenario. Es una experiencia que no por haberla vivido repetidas veces se presenta como nueva y fascinante en cada momento. La emoción es angustiosa cuando va a arrancar el espectáculo, no ya sólo el día del estreno, sino también en cada representación a la que asisto. Pero esa angustia se va convirtiendo en un placer inexplicable cuando el público entra en el universo que le has dibujado.

D.M.N. As questoes politicas atuais da Espanha tem influenciado seu trabalho? De que forma? 
Fulgêncio El movimiento asambleario que se da en España a partir del movimiento 15M (15 de Marzo), o también llamado movimiento de los indignados, tiene una influencia especial en uno de mis últimos trabajos: Ciudadano, escrito a partir del informe que Amnistía Internacional realiza sobre la intervención policial en las manifestaciones en Europa en 2011. Es una obra muy brechtiana, pero también muy en el marco del teatro documento de H. Kippart. Además, abre la puerta a los trabajos que sobre la Memoria histórica estoy realizando a partir de los textos: Las últimas balas y Al paso alegre de la paz. En esta línea han continuado una serie de monólogos breves con ese tema de fondo. Ahora estoy inmerso en dos líneas de trabajo paralelas: La inmigración por un lado y el despotismo de la clase política por otro. Yo creo que hoy, más que nunca, se necesita una dramaturgia de urgencia. Una dramaturgia que no deje pasar este periodo de la Historia en la que Europa y España en particular, está sufriendo un profundo cambio hacia un futuro muy incierto para la ciudadanía, pero muy claro y evidente para los grandes capitales y sectores financieros.

D.N.M. A Europa enfrenta uma grande crise, como isso tem afetado os artistas e suas demandas criativas? 
Fulgêncio En España la crisis está sirviendo de excusa al gobierno para desmantelar todo el tejido cultural y plantear otro distinto basado en una ideología conservadora y reaccionaria. Este cambio no tiene nada que ver con la crisis, aunque evidentemente ha afectado al soporte económico. Pero no se han puesto alternativas que garanticen la independencia, la pluralidad y la riqueza artística y cultural de nuestro país. No sólo se está desmantelando el tejido cultural, sino que un cierto estado de bienestar que habíamos alcanzado basado en un sistema educativo, sanitario y de pensiones muy solidario, también se lo están cargando y poniéndolo en bandeja al sector privado. Una vez más la banca gana la partida y el ciudadano vuelve a la realidad: En el siglo XVIII y en el XIX éramos esclavos que realizábamos el trabajo físico y teníamos una dependencia vital directa de nuestros amos. Hoy somos esclavos de unos amos contra los que no podemos combatir porque no sabemos donde están: La bolsa, los inversores, los especuladores, los bancos, los grandes capitales. Y todo ello amparado y protegido por los gobiernos. Al respecto, el artista tarda en reaccionar. El teatro, como otras manifestaciones, está tardando en convertirse en la ventana necesaria que saque a la luz toda la basura en la que estamos viviendo. Lo mismo le pasa a otro tipo de manifestaciones.

D.N.M Existem leis de incentivo? 
Fulgêncio Las leyes, en el ámbito de la cultura, tienen que ser protectoras y facilitadoras de proyectos. ?  que contribuir al desarrollo y consolidación social. Para ello han de proteger la actividad cultural de la actividad política, del ejercicio sin control y partidista del político de turno. Tienen que ser leyes generosas con el ciudadano, con su desarrollo, con su actividad de convivencia social, con su crecimiento como ser que se relaciona y como salvaguarda que es de la tradición y del futuro de la comunidad a la que pertenece.

D.N.M. O que você pensa da dramaturgia contemporânea Latina?
Fulgêncio La dramaturgia contemporánea Latina es inmensa. En Brasil he encontrado dramaturgos distintos a los ecuatorianos y estos distintos a los colombianos y, a su vez, estos distintos a los españoles. Y dentro de cada país también existen las diferencias marcadas por la cultura y la tradición. Hay muchas dramaturgias latinas y encontrar una línea isotópica que reúna aquello que es fronterizo ante lo que no es latino, creo que es bastante difícil cuando no inexistente. Aún así yo diría que esta dramaturgia se hace grande cuando no imita a otras culturas y convierte la suya propia en fuente generadora de inspiración, entonces se hace rica, explosiva y de una calidad infinita.

D.N.M. No Brasil não é estimulada a leitura de produção literária dramática, na Espanha é diferente? 
Fulgêncio Al respecto yo tengo una opinión muy particular. Yo sacaría el teatro de cualquier tipo de actividad académica. Es muy complicado animar al alumno a leer teatro en la escuela, mientras está en su tiempo académico y luego querer que eso lo traslade a su tiempo de ocio. Mira lo que ocurre con la música contemporánea, no es necesario que se imparta en el aula para que el niño sea un auténtico experto en la música que le gusta y se llenen los conciertos. Ahora bien, las autoridades culturales deberían facilitar que, en ese tiempo de ocio, el niño pudiera desarrollar sus inquietudes artísticas, entre ellas el teatro. Aquí tenemos mucha responsabilidad los que nos dedicamos a esto, pues algunas veces no somos capaces de entrar en sintonía con el universo del público al que nos dirigimos. Reconozco que esta pregunta abre un debate más profundo y con más extensión de la que yo le dedico aquí.

D.N.M. Você é diretor do festival internacional de teatro na cidade de Múrcia, o Festival OTRO . O que te motivou a criar-lo e o que vem sendo suscitado a partir dele? 
Fulgêncio Poder llevar a cabo este Festival ha sido una de las experiencias más interesantes en las que he participado. Mi relación con algunos países de Latinoamérica, del Este de Europa y de África, por un lado; así como la importante presencia migratoria en Murcia (España), ciudad en la que vivo, de comunidades procedentes de esos países, fueron dos hechos determinantes para decidirme a organizar un Festival de estas características, donde pudiéramos concitar la presencia de compañías procedentes de estos lugares. La experiencia humana y artística fue extraordinaria. Ojalá vuelvan a darse las condiciones para poder abordar un proyecto igual o similar al Festival OTRO.

D.N.M. Em 2012 você esteve presente como convidado no Festival Latino Americano de Teatro  da Bahia FILTE  que é realizado pelo grupo Oco Teatro Laboratório. Qual a sua impressão  sobre a cidade e os artistas participantes? 
Fulgêncio Salvador de Bahía me impresionó hasta la fascinación. Me traje muchísimas fotografías y pequeños dibujos para fijar en la memoria la belleza que descubrí en esta ciudad brasileña. Pero yo soy de la opinión que las ciudades no son bellas o dejan de serlo por su arquitectura, sino que esta belleza se dimensiona por la calidad de sus habitantes y, al respecto, tengo que decir que incluso del soteropolitano anónimo recibí un exquisito y hospitalario trato. Una vez que fui capaz de traspasar esa barrera comercial creada para el turista, pude experimentar la riqueza cultural de esta ciudad, pero además la extraordinaria y terrible historia de esclavitud que la sustenta. El Festival (Filte) me ofreció la posibilidad de asistir a unos espectáculos muy buenos, y así lo dejé por escrito en las críticas que escribí de cada uno de ellos. Pero además, el trato directo con los artistas, el intercambio de experiencias y proyectos convierten a este festival en una referencia importante en el ámbito de las Artes Escénicas Latinas. Y una cosa más, la organización de un evento de esta magnitud, en el que convergen compañías de distintos y lejanos países, con culturas diferentes, exige un equipo de alto nivel profesional en la gestión para garantizar el éxito humano, cultural y artístico del Festival. Esto sucedió así. Lo mejor de participar en un evento de este nivel de calidad son las ganas que le quedan a uno de volver.  Sólo eché de menos una cosa: Poder ver, una vez más, el extraordinario trabajo que Oco Teatro realiza sobre el escenario.

D.N.M Para encerrar algumas palavras para quem pretende enveredar no caminho da escrita.
Fulgêncio Para aquellos que se inician las tareas de creación dramatúrgica les diría que esta parcela del  teatro es fascinante, es mágica, pero es tremendamente dura porque es trabajo sobre trabajo. Además, los autores contamos con una ventaja sobre los directores y los actores: Podemos repetir y revisar todas las veces que sea necesario nuestro trabajo hasta llegar al momento que consideramos oportuno. El actor tiene una disciplina marcada por el tiempo hasta llegar al estreno, y en ese espacio de tiempo ha de construir y crear sobre nuestro trabajo. Su ventaja, que también es fascinante, es hacer vivo lo que nosotros hemos escrito. Y esto es una aventura irrepetible y distinta cada vez que se inicia este proceso creativo.

Algumas de suas obras;
Pedagogia y teatro. Murcia/1995.
Oliveiro, un héroe cruzando el parque. Murcia/1995.
Los muertos no juegan. Murcia/1996.
La gasolinera. Murcia/1997.
El vendedor. Murcia 1998.
No Matarás. Murcia/1999.
La llamada. Murcia/1999.
Sancho Panza. Escudero famoso que servió con Don Quijote de La Mancha resolviendo entuertos por los caminos de Espana. Murcia/1999.
Paso a nivel con barrera. Murcia/1999.
El puesto. Murcia/2000.

Paginas da web
wordpress.fulgenciomlax.com
wordpress.festivalotro.com

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