
Estou esperando, uma quinta chegar nem sei porque. Seria uma quinta qualquer, de um novembro qualquer, primavera das estações, primavera na vida. Sem explicação palpável esperando essa quinta que demora tanto a chegar. Todo mundo espera alguma coisa de uma sexta, dos domingos, até mesmo das segundas, mas o que tem esta quinta? Alguma coisa importante irá acontecer, não me pergunte como sei, sei e sou assim, precinto, percebo as mudanças.
Um presente? Flores? Joias? Uma herança?
Será visita? O Messias? O Anticristo? Um anjo?
O fim do mundo? Ou o vislumbre do cotidiano que me escapa a muito?
Muito trabalho pra amanhã é o que me espera: pesquisas, planejamentos, estudar e memorizar textos, amanhã não tenho ensaio no teatro, não dou aula, mas ensaio em casa, fora as coisas do meu lar. Mas sigo com a sensação de que amanhã será especial. Uma ansiedade já sentida outras vezes. Não sou de falar assim de meus dias, no entanto hoje senti uma vontade louca de compartilhar.
A verdade é que estou naquela fase que de tempos em tempos me vem: A necessidade da mudança E ela sempre começa assim, em mim, bem estranha. Acho que preciso ser sacudida e virada de cabeça por alguns segundos. Matando muitas coisas pra que outras venham a nascer e como um filho é uma espera, uma espera ativa, turbulenta.
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Vampira Dea