Seguidores

Mostrando postagens com marcador vampira. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador vampira. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 2 de março de 2023

Espetáculo A Comida


O espetáculo A Comida entra em curta temporada no espaço Xisto Bahia como apoio da Secretária de Cultura do Estado pelo edital Ocupe O Seu Espaço nos dias 07, 08, 14 e 15 de março sempre as 19:00 horas. Venham prestigiar uma artista independente.

Sinopse A Comida

O que representa A Comida? Sustento, cultura, ancestralidade, afeto, prazer ou medo? Depende do seu lugar. Depende de quem come e como come. Sintam-se convidados a refletir com uma irreverente, contraditória e fantástica personagem que está no topo da cadeia alimentar e preocupada com a possível extinção do seu alimento, expõe a nossa relação com a comida questionando a crueldade com os animais, uso de agrotóxicos, monoculturas, desperdício, fome e exalta ancestralidade, cultura e o prazer da comida e seus temperos. Tudo isso construído com muita música, poesia, partituras físicas e vocais, mas não se preocupem venham se medo um animal saciado não oferece perigo.

 









O espetáculo A Comida entra em curta temporada no espaço Xisto Bahia como apoio da Secretária de Cultura do Estado pelo edital Ocupe O Seu Espaço nos dias 07, 08, 14 e 15 de março sempre as 19:00 horas. Venham prestigiar uma artista independente.

Sinopse A Comida

O que representa A Comida? Sustento, cultura, ancestralidade, afeto, prazer ou medo? Depende do seu lugar. Depende de quem come e como come. Sintam-se convidados a refletir com uma irreverente, contraditória e fantástica personagem que está no topo da cadeia alimentar e preocupada com a possível extinção do seu alimento, expõe a nossa relação com a comida questionando a crueldade com os animais, uso de agrotóxicos, monoculturas, desperdício, fome e exalta ancestralidade, cultura e o prazer da comida e seus temperos. Tudo isso construído com muita música, poesia, partituras físicas e vocais, mas não se preocupem venham se medo um animal saciado não oferece perigo.

 



sábado, 7 de junho de 2014

FOME DE VAMPIRA

Então como deveria ser a vida de uma vampira?
Te digo que apesar de estar no topo da cadeia alimentar, nada muda. Alegrias momentâneas, insatisfações, interrogações.Passo a claridade do dia esperando a escuridão da noite, já que nem tudo pode ser explicado, nem resolvido e a inconstância me faz parte, incômodos, rotina, sim rotina. Hoje me deparei com alguns textos e me fiz perguntas sobre o que eu como. Sim gosto de sangue, já passei para um estágio decadente que além do sangue quero a carne, suas fibras, texturas, cores e odores. Mato rápido e deixo a demora para cada bocado que degusto num prazer recordado durante todos os momentos da existência nos quais não estou nesse ato e ainda assim sou melhor que você, Sim. Não torturo, não quero o sofrimento pois isso tiraria o sabor e envenenaria a iguaria, tenho cuidados, não desperdiço e busco só o meu consumo. Vejo vocês que viram a cara para os leões, abutres e serpentes, que só matam depois de terem digerido tudo por muito tempo. Gado confinado e que só bebem soro de leite, pra dar carne macia e branca, porcas que passam a vida deitadas parindo e amamentando, gansos e patos que são obrigados a comer até a morte, para iguaria do fígado manteiga, frangos com hormônios abatidos antes dos três meses. Pode-se criar animais e abate-los , sem tortura-los , com uma morte rápida depois de uma vida tranquila. Espera passou algo aqui na minha cabeça: o que um golfinho é melhor que uma galinha? E o cachorro melhor que o porco, Então? Em que vocês são melhores? Porque rezam? Ah entendo rezam e julgam, rezam e matam com o olhar, a maledicência furtiva. Porque amam? Mas quando alguém precisa fogem. São melhores porque sabem colocar filhos no mundo que não irão amar? 
O meu grande problema é que posso me apaixonar pelo meu almoço, no entanto me salvo rápido e então mais importante será o próximo deleite, o próximo banquete.
Ok, deixe-me na minha solidão, sou um monstro com o cinismo que quase flerta com a felicidade.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

MEU CORPO UM JARDIM

Meu corpo um jardim, onde floresce com força sensações, desejos e idéias.Onde percebo o quente da sua respiração ou a frieza de um olhar, a maciez de um toque ou a aspereza de palavras. Um jardim cultivado em uma vida inteira que ainda hoje se surpreende com sons, cheiros, toques e sabores, se alegra com cores e deseja sempre amar.
Um corpo que não é só um corpo, pois tem uma mente e uma alma que loucas guiam por estradas novidadeiras, meu corpo ainda se assusta com certos caprichos, mais é conivente com as duas loucas porque tambem tem das suas loucuras: Fazendo parte da natureza adora uma chuva, um banho de mar, se arrepiar e beijar, beijos que podem se transformar em dentes cravados em sua carne ou unhas cravados em sua pele.
Serenamente como uma flor as vezes esse corpo se abre mesmo quando alma e mente brigam entre si sem saber bem o certo a decidir, sinto pela boca, minha lingua o gosto do outro e seus desejos, seus anseios, vampira que sou, sorvo cada gota de sentimentos meu combustivel e misturo com os meus as vezes confusos, difusos e quentes, contradizendo a minha natureza odeio a frieza e queimo e ruborizo com o resto de sangue que ainda me sobra e sinto com todas as forças de um jardim que não para de crescer...
Vampira

Republicaçao de continho de sucesso

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

SEM ARMAS

Quando estava voltando, cansada de tanta luta, cansada de tentar entender, sem armas, querendo não querer, meus ossos doíam e eu sentia o peso dos anos e de tudo que já tinha feito, uma fome tomava conta de mim. Você tinha me prometido um dia que eu não sentiria mais dor,que não sangraria mais, que nada mais importaria, viveria etérea na noite e na escuridão sem me preocupar com nada, começava a acontecer. Só agora entendi que você não tinha feito nada, começava a me recordar do que fiz, nos sete continentes que passei deixando o meu rastro. Eu pedi por isso e agora as consequências, sim chegavam para me cobrar. Tinha um rastro atrás de mim que não daria pra apagar mesmo eu ainda tendo quase a eternidade. É esse era o preço, perder a todos que amo, ver tudo passar, todos passarem, as mudanças mal acompanhadas, a falta do sol, eu mais uma no exercito, dos que não vivem, mas ainda tenho quase uma eternidade para me recuperar...

Vampira

domingo, 9 de dezembro de 2012

CUIDADO COM O QUE VOCÊ DESEJA/ PARTE I,II E III


CUIDADO COM O QUE VOCÊ DESEJA PARTE I

Uma vontade louca de beijar na boca, fazia o sangue frio correr pelas veias como se ainda fosse quente, não iria caçar hoje, nem para matar minha fome.No entanto não queria fechar os olhos e fazer de conta que nada acontecia,realmente eu precisava de companhia, de alguém assim como eu, de pensamentos parecidos, desejos e fome parecidas. Estava cansada de palavras, cansada da falta de olhares cúmplices, de sorrisos e de algumas pequenas maldades. Na verdade descobri que estava nessa noite cansada de mim. Caminhei por muito tempo até que observei ao longe dois olhos brilhantes num rosto pálido com olheiras, olhavam para mim, numa doçura que não me convencia, havia algo mais por detrás daquele olhar...
Segui primeiro o olhar furtivo, depois os passos rápidos, de um pulo resolvi me mostrar e fui parar a sua frente, ele parou subitamente e me olhou de cima abaixo e sem nenhuma surpresa perguntou:
O que você deseja Vampira?
Desconcertei sem deixar transparecer e perguntei sem rodeios:
_ Quem é você?
_ Alguém como você, então?
Diante da resposta fiquei surpresa apesar de não ter fome, realmente esperava uma simples presa e agora estava em frente talvez a um adversário ou seria um aliado?Não estava a fim de lutar por espaço e deixei o caminho livre, no que ele continuou com sua aparente calma:
_Então? O que você quer?
_Agora já não sei mais.
Eu andava bem senhora de mim cheia de coragem e agora senti como se o chão fugisse aos meus pés. Com o pensamento confuso simplesmente respondi: Um pouco de companhia e alguém que me entenda.
_Isso não existe.
E me ofereceu uma flor, uma dália negra, a minha preferida.
Continua...
CUIDADO COM O QUE VOCÊ DESEJA PARTE II

Os olhos... dei dois passos para traz e não tomei a flor em minhas mãos, um arrepio gélido percorreu toda a espinha, já fria; senti medo, um medo que eu nem sabia mais como era. E a boca... com os sentidos apurados todo o meu corpo se comportava como que pronto a atacar ou correr se precisasse, a flor... eu não sabia do que se tratava aquela flor vinda assim de um desconhecido, sabia que deveria estar pronta para tudo.
Já andava desconfiada,arisca, tinha sido transformadae aquele que tinha trocado a minha vida, aquele ao qual eu havia me entregado com o meu resto de sangue, o meu resto de corpo e o meu resto de alma simplesmente queria me usar para seus propósitos, tudo injusto. Eleme queria como isca para suas presas e como não poderia deixar de ser, no dia que ele me ensinou o bastante para meu pulo mais alto acabei com ele, que voltou a ser pó.
Agora esses olhos...Agora essa boca... Agora essa flor! Os meus olhos passeavam dos olhos para a boca como que hipnotizados, olhos que mudavam de cor, brilhavam no escuro, tinham olheiras de quem carregava os sonhos e pesadelos do mundo sem chorar, que falavam, pediam, assustavam e esses olhos conseguiam me ver profundamente, a boca carnuda, se destacava no rosto pálido e me fazia engolir a saliva doce de quem deseja o mais ardente beijo,eu queria ser mordida mais uma vez, a flor... sua mão continuava a estender, não resisti e tomei em minhas mãos como sinal de que não queria lutar, nesse momento tudo ficou escuro...
Continua...
CUIDADO COM O QUE VOCÊ DESEJA PARTE III
[10021201_obviousmag.org_jordan.jpg]

Pareceu uma eternidade, abri os olhos ele me olhava ternamente. Estava deitada no colo desse estranho na beira da praia, de um pulo fiquei de pé e com raiva exigi explicações.
Como você teve coragem, sabe com quem está lidando?
_ E você sabe? Eu tive que te tirar do ar por algum tempo pra você se acalmar e me escutar, eu não vou te enganar, olhe nos meus olhos, olhe. O que vê? Me conhece mais do que ninguém, não se negue a ver.
_Lembro!...
_ Não foi transformada por aquele monstro você é agora o que sempre foi, só estava adormecida e ele quis se aproveitar de tudo que sabe, do seu poder, quanto a mim só posso pedir para ter cuidado não posso ficar, quero que saiba que somos um por todos os tempos. Temos fome, a fome que não se aplaca, precisamos de sangue para viver e ele deseja morte pura e simples, carne, quer ser único, vai acabar com todos nós.
_Como assim nós?
_Somos muitos.
Mas porque não estava quando mais precisei?Desejei tanto ter alguém, desejei aquele monstro, como pude me enganar assim?!!!
Somos seres condenados a solidão meu amor... Preciso ir... temos a eternidade, um dia amor...
E eu tinha reencontrado o amor de todos os tempos, queria amar ali mesmo, ele? Não sei desapareceu como luz.
Ele se foi e eu tinha a pele ressecada, era sede, era fome, então...
Jordan Eagles autor da imagem.

domingo, 22 de julho de 2012

ANDANDO COM UM ANJO

E a vida prega peças sempre, a pós-vida também. E quando se está feliz parece que a felicidade chama mais felicidade. Não estranhem, uma vampira pode ser feliz. Sim feliz de um jeito que só nós sabemos ser.
Por um momento esquecemos todo o caldeirão que é o mundo,tudo que já vimos e sorrimos. Sorrimos pelo simples fato de saber que podemos nos bater com um anjo pela noite e que podemos despretensiosamente e sem muito trabalho roubar um pouco da sua energia angelical, a ele nada de grave, não poderá voar por algumas horas, mas em troca eles podem conseguir um pouco do que procuram.
É muito difícil saber o que querem os anjos, mas geralmente são coisas simples como uma lagrima, um sorriso, ou os mais afoitos querem sentir um pouco da carne.Está noite caminhando me bati com um, bem tipico:Olhos curiosos, cabelos cacheados e um sorriso lindo.
Preciso de novidades, sonhos novos, emoções, para que minha frieza não me congele, as vezes bebo néctar de anjos que são os desejos contidos pela sua condição angelical e que emanam de seus corpos quase fluídos, algumas vezes prefiro ao de sangue de gente. Isso acontece quando quero um pouco de leveza, voltar ou avançar no tempo, sentir, cheiros, gostos , sons que só anjo pode ter. Cada um encontra o anjo que merece.
Vampira




LEIA TAMBÉM: COMI MEU CORAÇÃO
NOITE QUENTE NAS ALTURAS

quinta-feira, 19 de julho de 2012

MAIS UM PODER DE VAMPIRA É DESCOBERTO


Quando criança adorava brincar de fazer de conta que era invisível. Ficava pelos cantos por trás das coisas e acreditava tanto nisso que não sabia se por um milagre não era verdade. Gostava de entrar nos recintos de costas como se voltasse no tempo (Isso acontecia na minha cabeça). Mas o tempo passou...
Na verdade me encontro aqui nesse momento usufruindo de mais uma aptidão que não sabia que os vampiros tinham: A invisibilidade.Alguns momentos são divertidos,quando deixo totalmente de ser ética ( e desde quando preciso ser?)  e vejo as pessoas fazendo tudo que não queriam compartilhar. Vejo pessoas que fingem ser o que não são se revelando, os gulosos que jogam fora tudo  de dentro pra sustentarem suas magrezas, pessoas que pregam a castidade e dizem para os outros que o corpo é feio, que a carne é feia, se refastelando com obscenidades inimagináveis, vejo aqueles que apontam os outros cometendo os mesmos atos. santa hipocrisia.
Mas o que mais observo quando caminho pelos cantos do mundo, estando invisível  é que não sou a única, existem milhares de pessoas invisíveis, as pessoas viram o rosto e não as enxergam, elas comem o lixo e sobrevivem de todo esse lixo que é a sociedade.
Vampira

domingo, 17 de junho de 2012

O CALOR DA PRINCESA

A história que descrevo pode já ter acontecido com inúmeros tipos de princesas, inclusive as que não são descritas nos livros, não tem olhos azuis e cabelos loiros e tampouco vivem em castelos..
Ela até que era uma menininha bonitinha para os  padrões das princesas dos livros. Se vestia de cor de rosa, tinha olhos azuis, nas primaveras bolos e balões, amiguinhas parecidas com elas. Um pai, uma mãe, uma família que parecia perfeita, bem grande dentro de um lindo castelo, com todos os entes que se podia imaginar e viviam juntos os de longe se visitavam e dormiam nas casas uns dos outros e  dela esperavam sempre toda a perfeição. Ela não acreditava naquele calor falso que circulava a sua vida. Não aguentava as mãos que de vez em quando lhe bolinavam na calada da noite. Tinha tanto medo e nojo que nunca abriu os olhos, nunca soltou um único som, prendia a respiração e pedia para o tempo passar, o tempo passou, ela cresceu com uma fascinação e um ódio mortal. Aquele calor que ela sentia nas horas  que ela queria esquecer, ela transformou aos poucos numa fixação que acabou um dia com uma linda tocha humana que fez ela sorrir, ao ver aquela carne espumando, enquanto dançava ao som da dor, ainda sorrindo ela disse a ele: Te devolvo todo o calor que você me deu.
Vampira



domingo, 3 de abril de 2011

VAMPIRA INDO À CAÇA

As coisas não andam fáceis, mas hoje é sexta. Mastigo um chiclete fajuto e andando na escuridão chuto uma pedra a esmo. Ando bem nervosa, continuo com muita fome...  Minha última tentativa foi frustrada. Olho em volta e vejo que não sou melhor em nada que eles. Muitos voltam cansados dos trabalhos, outros catam lixos para comer, outros vão a igreja, alguns a se divertir, outros a se prostituir, muitos estão drogados, na verdade todos. Todos com seus vícios, suas drogas e suas dependências, algumas compradas à luz, outras sob a escuridão, mas todos estão viciados, será que têm essa consciência? Não tenho pena, não tenho compaixão, tenho só a fome. Vejo um homem no precipício que dá para o mar, acho que hoje não vou passar fome.
Tão suave quanto um suspiro
Dando voltas e voltas me aproximo
Sempre dou uma mordida grande
É uma visão tão deslumbrante
Um pescoço assim tão desprotegido
Poder comer no meio da noite
Mas,nunca posso ter o bastante
O bastante de tudo isso , ouço um gemido e um pedido: Quero viver!
É sexta
E eu estou apaixonada, Olho o precipício, as ondas batendo nas pedras e sinto vontade de me jogar no lugar dele, no entanto que graça teria, não morreria mesmo, peço que ele dance um pouco ao som da noite agarrado ao meu corpo e então deixo ele ir, bebi só um pouquinho dele, ele recuperou a vontade de viver quando se viu frente a morte... Não sou tão má assim, que pena, continuo com fome.

*A Vampira tá voltando. Continho inspirado nesse clipe do The Cure, que eu não parava de escutar na adolescência quando pensava que a vida era dura. Morava na periferia, num lugar que o sol e a poeira castigava ou a chuva enlameava e alagava tudo. Lugar sem nada, tinha um cemitério que dizem ser o mais antigo em atividade quase no meu quintal aonde a gurizada brincava de esconde-esconde.Andava léguas pra chegar em qualquer lugar, mas eu morava perto da praia, tinha pés de cajá e goiabas, canas doces e a vida corria devagar recheada de sonhos e temores que eu pensava um dia decifrar.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

CONCERTA MINHAS ASAS...


Um dia de repente me vi com os pés no chão, não havia mais o etéreo no qual sempre vivi e estava acostumada. Não existia aquela coisa fofa, doce e aconchegante a minha volta, a escuridão que eu amava, os sons que chegavam filtrados, amaciados. Sentia que me queriam eu acreditei. Me deixei levar por palavras, queriam me mostrar a luz e eu vim, Agora estou aqui de asas quebradas e não vendo muita graça nessa luz que me aquece demais e me ofusca a visão. Os sons me doem e não existem mais a escuridão que eu me acalentava. Tudo que eu achava ou acho certo ( não sei, estou ainda muito confusa) não se encaixa aqui. e eu  aqui sou como uma aberração, fingindo ser o que não sou para sobreviver, não posso assumir a condição que preciso para viver e vendo aos meus olhos pessoas que se dizem puras e boas cometerem coisas absurdas sem o menor respeito ao próximo. De onde venho respeitamos o nosso alimento ele é sagrado, respeitamos o direito de ser diferente, de pensar diferente, me desespero por não poder fazer nada. Concerta minhas asas, quero voltar.
Leia também: Quando Lagartas viram borboletas

domingo, 28 de fevereiro de 2010

CUIDADO COM O QUE DESEJA PARTE III

Pareceu uma eternidade, abri os olhos ele me olhava ternamente. Estava deitada no colo desse estranho na beira da praia, de um pulo fiquei de pé e com raiva exigi explicações.
Como você teve coragem, sabe com quem está lidando?
_ E você sabe? Eu tive que te tirar do ar por algum tempo pra você se acalmar e me escutar, eu não vou te enganar, olhe nos meus olhos, olhe. O que vê? Me conhece mais do que ninguém, não se negue a ver.
_Lembro!...
_ Não foi transformada por aquele monstro você é agora o que sempre foi, só estava adormecida e ele quis se aproveitar de tudo que sabe, do seu poder, quanto a mim só posso pedir para ter cuidado não posso ficar, quero que saiba que somos um por todos os tempos. Temos fome, a fome que não se aplaca, precisamos de sangue para viver e ele deseja morte pura e simples, carne, quer ser único, vai acabar com todos nós.
_Como assim nós?
_Somos muitos.
Mas porque não estava quando mais precisei?Desejei tanto ter alguém, desejei aquele monstro, como pude me enganar assim?!!!
Somos seres condenados a solidão meu amor... Preciso ir... temos a eternidade, um dia amor...
E eu tinha reencontrado o amor de todos os tempos, queria amar ali mesmo, ele? Não sei desapareceu como luz.
Ele se foi e eu tinha a pele ressecada, era sede, era fome, então...

Jordan Eagles autor da imagem.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

CUIDADO COM O QUE DESEJA PARTE II

Os olhos... dei dois passos para traz e não tomei a flor em minhas mãos, um arrepio gélido percorreu toda a espinha, já fria; senti medo, um medo que eu nem sabia mais como era. E a boca... com os sentidos apurados todo o meu corpo se comportava como que pronto a atacar ou correr se precisasse, a flor... eu não sabia do que se tratava aquela flor vinda assim de um desconhecido, sabia que deveria estar pronta para tudo.
Já andava desconfiada,arisca, tinha sido transformada e aquele que tinha trocado a minha vida, aquele ao qual eu havia me entregado com o meu resto de sangue, o meu resto de corpo e o meu resto de alma simplesmente queria me usar para seus propósitos, tudo injusto. Ele me queria como isca para suas presas e como não poderia deixar de ser, no dia que ele me ensinou o bastante para meu pulo mais alto acabei com ele, que voltou a ser pó.
Agora esses olhos...Agora essa boca... Agora essa flor! Os meus olhos passeavam dos olhos para a boca como que hipnotizados, olhos que mudavam de cor, brilhavam no escuro, tinham olheiras de quem carregava os sonhos e pesadelos do mundo sem chorar, que falavam, pediam, assustavam e esses olhos conseguiam me ver profundamente, a boca carnuda, se destacava no rosto pálido e me fazia engolir a saliva doce de quem deseja o mais ardente beijo,eu queria ser mordida mais uma vez, a flor... sua mão continuava a estender, não resisti e tomei em minhas mãos como sinal de que não queria lutar, nesse momento tudo ficou escuro...

Continua...

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

CUIDADO COM O QUE DESEJA


Uma vontade louca de beijar na boca, fazia o sangue frio correr pelas veias como se ainda fosse quente, não iria caçar hoje, nem para matar minha fome.No entanto não queria fechar os olhos e fazer de conta que nada acontecia,realmente eu precisava de companhia, de alguém assim como eu, de pensamentos parecidos, desejos e fome parecidas. Estava cansada de palavras, cansada da falta de olhares cúmplices, de sorrisos e de algumas pequenas maldades. Na verdade descobri que estava nessa noite cansada de mim. Caminhei por muito tempo até que observei ao longe dois olhos brilhantes num rosto pálido com olheiras, olhavam para mim, numa doçura que não me convencia, havia algo mais por detrás daquele olhar...
Segui primeiro o olhar furtivo, depois os passos rápidos, de um pulo resolvi me mostrar e fui parar a sua frente, ele parou subitamente e me olhou de cima abaixo e sem nenhuma surpresa perguntou:
O que você deseja Vampira?
Desconcertei sem deixar transparecer e perguntei sem rodeios:
_ Quem é você?
_ Alguém como você, então?
Diante da resposta fiquei surpresa apesar de não ter fome, realmente esperava uma simples presa e agora estava em frente talvez a um adversário ou seria um aliado?Não estava a fim de lutar por espaço e deixei o caminho livre, no que ele continuou com sua aparente calma:
_Então? O que você quer?
_Agora já não sei mais.
Eu andava bem senhora de mim cheia de coragem e agora senti como se o chão fugisse aos meus pés. Com o pensamento confuso simplesmente respondi: Um pouco de companhia e alguém que me entenda.
_Isso não existe.
E me ofereceu uma flor, uma dália negra, a minha preferida.

Continua...

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

SEGREDOS DO TEMPO


Foto Dea Mota
Com um graveto escrevi na areia da praia, símbolos de uma sociedade extinta, um alfabeto diferente que representavam desejos e sonhos que uma vez escritos se tornavam realidade. Não me pergunte como aprendi porque eu mesma já nem sei de onde vim, não tenho mais passado, só o que eu sei é que eu escrevia e você de longe lia, tentando decifrar o que ninguém soube ou jamais saberia.
Foto Dea Mota
Ali na areia enquanto escrevia o céu mudava a cada novo rabisco. De negro passou a lilás, de lilás passou a tons de azuis misturados com laranja até se tornar azul completamente. O mar com ondas revoltas pelo vento, não me deixavam indiferente, teria eu agora, algum poder maior do que aqueles que eu já estava aperfeiçoando? O tempo mudava, é isso! Eu viajava no tempo enquanto escrevia, por isso as mudanças de cores no céu tão rápidas, assim como as minhas eram evidentes: era criança quando vagamente lembrava de um passeio de mãos dadas com um menino de cabelos negros e que me dava flores; Mocinha curiosa que acenava para um rapaz triste; jovem confiante que amava e sabia que era amada, mulher forte, mãe de muitos filhos; Madura fugindo por falar a verdade;Velha solitária em uma casa cheia de gatos, mulher perseguida por suas idéias ou uma dama da sociedade, ou uma escrava, tantas eu me transformava.Teria eu agora algum poder sobre o tempo também? Pisei em uma concha pontiaguda que feriu meu pé, gotas de sangue cairam naqueles símbolos como que para arrematar as palavras. Você continuava a tentar descobrir o que eu escrevia lá longe do alto de uma pedra, a distância mais segura de se chegar a mim, eu sabia que me observava e fingia que não via. Em minha simplicidade e toda instintos, nesse momento escrevi uma frase comum entre os vivos, proibida para mim:

Foto Dea Mota
Te amo
Ali naquele momento suspensa no tempo, pude registrar o que não era possível já em muitas vidas, eu estava descrevendo na areia que seria varrida pela onda com um graveto e sangue a história de um amor que viaja no tempo, no entanto passaria por essa vida sem ser mais concreta do que aquele alfabeto desconhecido que as ondas logo apagariam da areia.

sábado, 28 de novembro de 2009

EU VAMPIRA MORRI PARTE VII

Andei por um tempo escondida sem saber de mim, questionando as coisas que me aconteceram, porque aconteceram, se algum dia teriam fim. Fugi até dele, ele não soube responder todas as minhas perguntas e isso me revoltava.
Eu perguntei porque as flores agora murchavam tão rápido nas minhas mãos, porque os animais se sentiam incomodados com a minha presença e o pior como eu iria viver se não conseguia matar.
Observei muito meus gatos, são cruéis, mesmo sem ter fome anseiam por uma vitima para saciar os seus instintos e divertem-se como homens quando são algozes. Gosto de gatos, gosto de homens, talvez isso tudo seja um ato de amor, o sonho de absorver o outro ( ainda que eu roube energia e já absorvo tudo o que eu quero mesmo). Mais ainda não estou preparada para matar. Nem sei se quero isso. Penso como sobreviver de agora em diante? Bem uma hora vai ter que acontecer e eu já comecei a selecionar alguns candidatos a vítima. A internet é um ótimo campo para isso. Alguns desavisados, exibicionistas, loucos senhores de si, ou simples normais carentes, vazios... Esses irão me alimentar.Tenho um preferido:Um poeta anónimo, mais creio que esse não vou até o fim é especial, diferente vou dar as três pequenas mordidas da transformação e aguardar o que pode acontecer com um pacato e trabalhador cidadão depois de se perder.
Sei que o momento está se aproximando estou ficando fraca, talvez ele seja minha salvação, tem todos os requisitos para se tornar um bom vampiro. Gosta da noite, tem uma língua afiada, inteligente e bonito muito bonito, deixa transparecer uma vontade de transpor limites. Isso. preciso realmente de um escravo saciando todas as minhas vontades.Assim antes que minhas forças se esgotem, vou ter que começar a fazer o que tanto adiei. Estou esperando só a lua ficar cheia...

Inicio da história

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

EU VAMPIRA PARTE VI

Fiquei por muito tempo sentada no sofá olhando para o nada.Vi toda minha vida passar pelos meus olhos, coisas boas e más, lembranças para serem lembradas e outras tantas para serem esquecidas.As lágrimas desciam seguindo o caminho até minha boca e aquele sabor agridoce era o sabor das minhas recordações.De repente uma voz me fez voltar:
_Então?... (falou o desconhecido me estendendo a mão)
Pensei que tinha saído...
_E saí , já se passaram alguns dias, achei que estaria mas calma, resolvi voltar.
Sim estou, para mim foram só segundos...eu preciso te escutar...
_Venha comigo.(fez isso estendendo a mão).
Eu estendi a mão e toquei a mão dele, era fria e macia, ele segurou minha mão e pediu que eu fechasse os olhos e confiasse nele.Quando abri os olhos estava na beira do mar e molhava os pés na agua, caminhava e me sentia muito bonita em um vestido branco,com os cabelos soltos, a lua banhava o meu corpo, toda volupia do vento levantava meu vestido me fazendo dançar de pele arrepiada. Olhei para lua, majestosa na noite, as estrelas, o cheiro do mar, estava encantada, ou encantando? Não sei...
Deitei na areia, respirava devagar e com os olhos fechados (tinha me esquecido dele) senti a boca, senti as mãos, senti o corpo sobre mim, eu sentia todo aquele prazer ao mesmo tempo que minha alma flutuava e ria de tudo, não sabia mais e nem importava quem era eu e quem era ele, naquele momento com sede e fome me entreguei aquele prazer, mordi a pele devagar, o gosto, o pulsar, mordi, o gosto doce em minha boca, segurando-o forte com todo meu corpo, braços, pernas e mãos que não soltavam os cabelos, mordi mais forte, ele suspirou, olhou nos meus olhos me incentivando mais, o meu corpo parecia que iria explodir de tanta vida, não tinha passado, futuro, eu me agarrava cada vez mais forte e queria mais. De repente ele queria escapar, parecia ter medo e lutava, eu estava passando do limite entre o prazer e a morte, ele me deteve, mas já estava feito... Me lembrei dele, de tudo.Ele sorriu. Eu gargalhei.
Acordei de novo no quarto, o gosto ainda estava em minha boca, tinha sede mais ainda era dia... Agora eu sei o que eu sou e tenho certeza do que eu quero...




domingo, 25 de janeiro de 2009

VAMPIRA PARTE V

Ele me olhou, seus olhos eram tão profundos, quase me perdi dentro deles, me recuperei e me afastei, como eu podia beijar um estranho completo?
Ele voltou a me olhar sério.Não abria a boca e eu escutava o que ele pensava e ele a mim. Disse:
-Sua vida não vai mais ser a mesma. Terá que abandonar tudo, esquecer de tudo, as pessoas que te cercam vão estar longe de vc, de mim, a não ser que vc queira coloca-los em perigo.
Quem é você? Chega de me dizer coisas, Chega! Não aguento mais. Droga de vida!
-Que vida? Não existe mais...
Estou cansada de pessoas que dizem o que eu devo fazer e que decisões tomar, ninguém pode mandar em mim, não sou uma criança boba, sou uma mulher e conheço um pouco de tudo, chega eu não quero ouvir.
-Você precisa vir comigo.
O que? Você enlouqueceu de vez? Era só o que me faltava, seguir a um estranho.
-Não tem mais ninguém.
Como assim?
-Aqui estamos condenados a solidão, mas não se desespere a solidão pode ser boa também. Não vai mais precisar fingir ser o que não é, fingir o que não sente...
E quem lhe desse que eu vivo assim?
-Estamos todos sós sempre, a diferença é que agora vamos aceitar, a solidão.
EU NUNCA FUI SÓ!!!!!!!!!!!!!!!!!! NUNCA!
-Pobre mulher...
SAIA DAQUI AGORA EU NÃO AGUENTO MAIS, SAIAAAAAAAAAAAAA!

Enquanto eu gritava histérica, fechei os olhos e em uma fração de segundos, ele desapareceu mais uma vez.. Fiquei entre meus pensamentos, desconfiava do que estava acontecendo e queria que não fosse verdade, eu não era mais uma mulher e talvez estivesse presa a ele o que me desagradava, ansiava por ser livre mais que tudo nessa vida.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Continuação de Vampira

Ao ouvir as batidas na porta, meu coração bateu descompassadamente. Quem seria? Abri a porta e me deparei com um rosto pálido, bonito, eu o conhecia,de onde?me sorriu, devolvi o sorriso e ficamos parados por uma eternidade, por fim ele perguntou: Não me convida a entrar? Sem jeito eu disse claro, entre! De onde eu o conhecia? Como podia deixar alguém entrar assim na minha casa? Estava louca? Ele entrou e me perguntou se poderia sentar. Vestia jeans, camiseta branca, jaqueta e um al star velho. Sentou e me sorriu. Eu olhava pra ele com uma grande interrogação na cara e finalmente o silêncio novamente fora quebrado. Olhando o livro na mesa de centro ele disse:
-Então você recebeu o livro... Creio que está sentindo-se diferente... Confusa, até com medo não é mesmo? Mas lhe digo que agora não tem mais volta e preciso de você.

Quando disse isso ficou de pé e aos meus olhos se tornou um gigante. Tive medo porque ele falou nesse momento como que dando uma ordem e não um pedido ou uma informação. Eu com medo consegui falar: Conte-me tudo que eu preciso saber então, de verdade quero saber se isso tudo é apenas um pesadelo ou não. Ele me disse escute com toda atenção: Você fez a sua escolha e... me beijou...




Continua...

terça-feira, 4 de novembro de 2008

III Parte Vampira

Despertei. Estava com muita sede, muita sede mesmo. Fui até a cozinha, abri a geladeira e só de olhar vi que não queria água, até tentei beber, mas... Não deu. Estava com fome e comi um grande bife, estava cru, só depois me dei conta. Estava muito inquieta e comecei a andar de um lado pra outro pela casa, na verdade eu queria alguma coisa, só não sabia o que, a lua brilhava no céu, já passava das 20:00. Queria sair.
Meus olhos estavam gostando de ver coisas vermelhas, tecidos, rosas que estavam no vaso, minhas unhas. Engraçado! Sempre gostei de azul ,não gostava de vermelho, mas agora achava Vermelho a cor mais linda. Eu estava muito pálida e fria e minha boca muito seca. Olhei pra mesinha de centro tinha um livro, um livro que misteriosamente apareceu ali, quem colocou?O livro tinha uma capa preta e abri, comecei a ler dentro dele um monte de tolices sobre vampiros, estacas, alhos, e de como os vampiros morrem, quanta bobagem... Dei uma forte risada sem saber por que, quando soou a campanhia...

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Continuação de Eu Vampira Morri

Acordei em minha cama, passava das nove da manhã, me sentia estranha e pensativa, eu que sempre procurei seguir a vida com todas as regras que existem da igreja, trabalho, ética e da vizinhança agora me via perdida pensando em coisas que nunca tinha ousado pensar, minha vida perfeita não permitia, senão eu deixaria de ser a imagem que eu pensava ser e tudo perderia o sentido, sentido? E essa vida tinha algum propósito? Algum sentido? Tinha sim: trabalhar, ganhar dinheiro, procriar, comer, dormir, muito sentido mesmo.
Meio tonta levantei, mas num impulso pulei da cama e parei a uns dez passos, respirei forte e assustada, como podia fazer aquilo? A luz do sol, astro lindo entrava pela janela e meus olhos começaram a arder, minha pele também. Peguei um filtro solar 60 e um óculos escuros e fiquei por algum momento olhando o sol, mas só pensava na lua.
Eu naquele momento não sentia vontade de nada, estava exausta e me lembrava vagamente de um sonho, no qual tinha sido seduzida por um homem alto, muito pálido, forte e bonito, mas com grandes olheiras e um ar de quem tinha visto de tudo no mundo. Pensei sonho engraçado... estava tão cansada... parece que sempre estive com ele...resolvi fechar a janela e dormir mais um pouco era o meu dia de folga mesmo... e dormi um sono pesado louca pra reencontrar a lua...