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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

TRECHO DE MINHA PESQUISA: FALANDO COM MOVIMENTOS

A existência humana sempre foi marcada por uma tentativa de normalização, padronização, porque o diferente, o que não se compreende sempre incomoda. O fato é que em toda trajetória da história, o que é diferente do padrão sempre foi rejeitado em algum nível. Pessoas com pensamentos e idéias que fujam às regras ou que estejam muito à frente do pensamento vigente ao momento, aparência fora do padrão ou alguma espécie de deficiência sempre sofreram preconceito.
Segundo o dicionário Aurélio preconceito é uma idéia preconcebida, intolerância ou aversão, má vontade gratuitas contra pessoas ou crenças. E em toda história o que se viu em relação às pessoas com algum tipo de deficiência foi o preconceito, que chegava a limites extremos de se considerar esses indivíduos sem direito algum, inclusive em alguns casos, tratados como animais ou em casos extremos sem o direito à vida, pois eram considerados inferiores e sem a capacidade de sobreviver.Segundo as palavras de Oliver Sacks:
"Somos notavelmente ignorantes a respeito da surdez (...), muito mais ignorantes do que um homem instruído teria sido em 1886 ou 1786. Ignorantes e indiferentes. Nos últimos meses, mencionei o assunto a inúmeras pessoas e quase sempre obtive respostas como: “Surdez? Não conheço nenhuma pessoa surda, Nunca pensei sobre isso. Não há nada de interessante na surdez, há?” Essa seria a minha própria resposta alguns meses atrás". (Sacks,2005,pg. 15).
As palavras de Oliver Sacks é uma reflexão sobre a indiferença. Essa indiferença se faz notar, quando vemos casos de crianças com deficiência auditiva que só começam a freqüentar a escola tardiamente, quando são isoladas muitas vezes dentro de suas próprias casas, ou quando ainda se percebe que falta muito para aperfeiçoar os processos educacionais relativos aos surdos, que é o que define sua inclusão na sociedade.
O deficiente auditivo não tem comprometimentos mentais. Infelizmente ao longo da história e ainda hoje pessoas são impossibilitadas de levar uma vida funcional e independente por falta de um encaminhamento educacional satisfatório, que lhe dê instrumentos para superar as dificuldades de aprendizado.

É preciso que cada vez mais a lingua de sinais seja difundida e valorizada.Em outro momento continuo o tema.

2 comentários:

  1. Há algum tempo, eu tive um breve contato com o aprendizado da LIBRAS. Foi algo que tentei, mesmo não conhecendo nenhum deficiente auditivo, e que me deu uma leve ideia das dificuldades que estas pessoas enfrentam no nosso mundo.
    Admito que não consegui grandes progressos no conhecimento da linguagem. Mas imagino que, como qualquer outro idioma, o que eu necessito é persistência e treino.
    Quem sabe um dia eu consiga?
    Continue, sim, o tema.
    Beijo!

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  2. quando criança passava cola na escola com lingua dos sinais...hihihhi sempre gostei da comunicação sem palavras faladas e agora escrevo mais do que falo! kkkkkkkkkk

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Que bom que deixou a sua opinião, volte depois que te respondo aqui mesmo. Beijão