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quarta-feira, 16 de junho de 2010

VOLUPIAS DA VIDA






Como se pode captar tanto desse mundo? Desse desejo que é a vida, desse querer infinito de ser feliz? Como se pode saber tanto que a carne arde, que o desejo surge, que o amor as vezes nos faz rasgar a alma, doer na cara, por escolhas nem sempre perfeitas, nem sempre certeiras, mas como se pode saber tanto de escolhas? Vivemos o tempo todo escolhendo, querendo, sabendo que nem tudo são flores, mais que sem amores não vivemos. Acho que só sendo mulher mesmo, nós da lua, nós que guardamos segredos no ventre, entre as pernas, nos cabelos. Nós que amamos o mundo e temos força para amar e odiar no mesmo peso. Nós temos poderes... E quando a lua surgir...
Volupia
No divino impudor da mocidade,
Nesse êstase pagão que vence a sorte,
Num frêmito vibrante de ansiedade,
Dou-te o meu corpo prometido a morte!
A sombra entre a mentira e a verdade...
A nuvem que arrastou o vento norte...
_Meu corpo! Trago nele um vinho forte:
Meus beijos de voúpia e maldade!


Trago dálias vermelhas no regaço...
São os dedos do sol quando te abraço,
Cravados no teu peito de lanças!
E do meu corpo os leves arabescos
Vão-te envolvendo em círculos dantescos
Felizmente, em voluptosas danças.
Frorbela Espanca

4 comentários:

  1. Tens textos sempre misteriosos e arrepiantes. Adoro +.+

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  2. Teu blog está cada vez mais belo. Em todos os sentidos. Beijos

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  3. A casa é sua Fabi.
    Misteriosos e arrepiantes Michele? Gostei.
    Arreife obrigada poeta.
    Mario precisamos de uma certa serenidade para tudo, até para acabar, que dirá para recomeçar.
    Raquel palavra de bruxa eu respeito. Bom final de semana pra vc tb.
    Beijinhos para todos.

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  4. Muito legal, até me inspirei. Impressionante como uma pessoa pode encaixar tão bem as palavras, e sem que percebamos, nos levar para outra lugar, que nem conhecemos...

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Que bom que deixou a sua opinião, volte depois que te respondo aqui mesmo. Beijão