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sábado, 25 de setembro de 2010

OLHOS QUE ME OLHAM

Eram olhos que me seguiam,seguiam por todos os lugares e em todos os momentos. Sentia quando quase queimavam minha pele. No principio senti medo, um medo que gelava até a alma e me  arrepiava a pele. Eu queria enfrentar esses olhos mas me faltava coragem. Quando a noite chegava era pior, me seguia e me chamava, eu sentia.
Esses olhos me atraiam ainda que nunca tivesse encarado, ainda que não soubesse a cor,se eram vivos eu queria ver esses olhos.Com o tempo me acostumei a me exibir para esses pares de olhos, eles sempre estavam ali.Quando a solidão toma conta o absurdo acontece e se pode passar a desejar o que transgride, o que não é normal. Passei a aceitar essa companhia velada, sabia que me acompanhava em tudo: No banho, na hora do almoço, enquanto eu dormia.
Uma noite tomada de uma coragem repentina, peguei um binóculo e me pus na janela de frente a janela do outro prédio e me deparei com outro par de lentes de um outro binóculo, queria só ter a certeza se olhavam para mim e qual não foi a surpresa quando o par de olhos nas lentes do binóculo olhavam outra janela que não era a minha. Peguei telefone e fiz a denuncia a policia, cafajeste! Quero exclusividade.

6 comentários:

  1. Quando comecei a ler achei que fosse um conto de suspense, porem o fim segue por outros caminhos.

    Adorei!

    http://terza-rima.blogspot.com/

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  2. amei... no fim ri muito. divertida e única tua maneira de escrever.

    vamos trocar banner?

    http://terza-rima.blogspot.com/

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  3. Querida Dee

    Bem vinda! Gostaria de dar um pequeno contributo ao seu Blog postando esta história que nos dá que pensar.

    Luísa era uma mulher de 55 anos, tinha uma figura agradável, bonita e não aparentava a sua verdadeira idade.

    Casada mãe de família, seu marido com mais 3 anos que ela, era um homem inteligente, com boa figura, simpático, com muito dom de palavra, dono de um olhar sedutor, que foi aprimorando com o passar dos anos, enfim aquele tipo de homem que qualquer mulher aprecia.
    Luísa e Ricardo amavam-se como dois adolescentes.


    Até que um dia Luísa começou a aperceber-se que Ricardo, quando conversava com outras pessoas amigas sobretudo mulheres, falava sempre no singular.
    Assuntos de família que a maior parte das vezes eram resolvidos por Luísa, Ricardo embandeirava em arco, dizendo ser obra sua. Era como Luísa não existisse. Quem o escutava, achava que aquele homem era um infeliz, era casado, mas sua mulher, não contribuía em nada para o ajudar. Pobre homem!

    Luísa começou a sentir-se um zero à esquerda, as pessoas não a conheciam, mas que ideia fariam dela?

    O tempo passou Luísa sofria em silêncio, angustiada sem ter coragem de dizer ao seu marido a dor que sentia.

    Um dia por uma infeliz coincidência, escutou Ricardo a falar no celular com uma moça. Dizia ele que se sentia muito só, sua mulher não lhe dava atenção, precisava desabafar e achava ser ela a pessoa indicada, pois só ela o compreendia.
    Ao ouvir aquilo, Luísa sentiu uma dor tão grande como se um punhal atravessa-se o coração. Não era difícil imaginar o que iria acontecer, Ricardo preparava-se para a trair.

    Luísa não conseguia suportar tal dor, envelheceu ficou deprimida.

    Um dia não aguentou mais. Vestiu a sua melhor roupa, pegou numa garrafa de vodka, na caixa dos anti-depressivos. Saiu de casa com os olhos marejados de lágrimas.

    Chegou ao cais, procurou um local isolado pôs a garrafa à boca e foi engolindo os comprimidos. Quando sentiu a embriagues, cambaleando aproximou-se da muralha e atirou-se ao rio.

    Assina:
    KATY

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  4. Um final surpreendente de uma história bem com o seu estilo. Tinha saudades de suas histórias assim.
    E ainda gostaria de ver a continuação das aventuras da Vampira...
    Beijos!

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Que bom que deixou a sua opinião, volte depois que te respondo aqui mesmo. Beijão