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sexta-feira, 21 de novembro de 2008

ESCOLA


Um dia observando uma aula de artes em uma escola pública percebi que pouca coisa mudou em décadas.Perguntei a professora o que ela seguia e ela me respondeu: “OS SETE SABERES – EDGAR MORIM (O erro e a ilusão, os princípios do conhecimento pertinente, ensinar a condição humana, ensinar a identidade terrena, enfrentar as incertezas, ensinar a compreensão, a ética do gênero humano). Não percebi muito saber naquela forma de ensinar, crianças sentadas em carteiras esperando ordens sem direito de opinar e o pior sem direito de usar a criatividade, não tendo a chance de descobrir.Ela mostrava e traçava cada passo, o que as crianças tinham que fazer igualzinho a ela, senão não teriam nota.Senão ela poderia perder o controle.
Isto é um total absurdo no qual eu conheço por experiência própria quando fazia copias e mais copias em tudo inclusive na aula de arte. Porém no meu tempo a escola era tecnicista, estávamos na ditadura e não importava que as pessoas fossem criativas, mas sim aprendessem o bastante para desenvolver uma única função mecanicamente durante toda a vida. Passou o tempo e me pergunto: Por que evoluímos tão pouco? Terá sido por não termos até hoje estabelecido o que já é lei no PCN ou o PCN é tão contraditório, confuso e retrogrado que não valha a pena?
Se eu já estava confusa fiquei mais ainda, principalmente por ser uma questão direta passou-se uma geração e não houve mudanças significativas. O professor de arte realmente tem uma batalha a travar, contudo se não esta disposto a ser um guerreiro por que tantos professores entram nesta luta, que não é só na área de artes e sim de toda educação. Quando será que os educadores e os poderosos vão entender que as pessoas exercitando a sua sensibilidade e criatividade serão criativas em qualquer setor que sigam ? Vai demorar...
Meu filho quando tinha cinco anos desenhou tudo preto e foi o bastante pra psicológa ser acionada, me chamarem e me bombardearem com todo tipo de pergunta, desconfiando que meu filho passava por algum tipo de violência ou depressão. Quando perguntaram a ele porque desenhava assim ele respondeu com toda naturalidade com a pergunta mais óbviapara uma criança de cinco anos: Desenhei assim porque preto é a minha cor preferida ora!

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